terça-feira, 26 de maio de 2009

Os cursos que garantem emprego

"De acordo com o Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, as licenciaturas nas áreas de segurança, informática e saúde continuam a resistir ao desemprego.

Cerca de 60% dos alunos que terminaram o curso entre 2004 e 2007 estão à procura de emprego.

Nos 10 primeiros lugares do ranking estão oito cursos de institutos politécnicos, quatro dos quais são na área das engenharias. Além dos politécnicos, o ranking dos cursos com maior empregabilidade em Portugal é dominado por escolas do interior. São cursos que têm como saída profissional preferencial o sector público, onde as contratações estão congeladas.

Os números são revelados no relatório do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que, todos os semestres, divulga a lista dos cursos com mais diplomados no desemprego.

Na lista dos sectores com pior empregabilidade surgem os "suspeitos do costume": ciências empresariais, ciências sociais e formação de professores. São estas as "áreas que se destacam com níveis de empregabilidade inferiores", revelou ao Diário Económico Maria João Rosa, coordenadora do estudo. Mas, atenção, que "não é indiferente a instituição em que se tira o curso, porque há licenciaturas com maior facilidade de inserção no mercado de emprego", acrescenta.

No último ano, o número de diplomados desempregados caiu cerca de 3%, o dobro do que acontece com a população em geral. Em Junho de 2007, a fatia dos diplomados inscritos há mais de dois anos não passava dos 6,8%. No mesmo mês, em 2008, estava já nos 8,5%. Ao todo, praticamente 9% dos inscritos nos centros de emprego têm um curso superior. São cerca de 34 mil pessoas, tendo a maioria origem nas instituições do ensino público. A maior parte dos registos estão no Norte. Já o Alentejo revela, no último ano, uma subida de cerca de 10% no número de diplomados no desemprego. No Algarve, pelo contrário, há uma queda de cerca de 14% no número de desempregados.

O relatório ontem divulgado revela que "estudar compensa", diz a coordenadora Maria João Rosa. Os dados "deitam por terra o mito de que o mercado não está a absorver os licenciados". "Os níveis de empregabilidade da população com licenciatura são superiores aos da população com outros níveis de escolaridade". Mais qualificação significa também um aumento de rendimento.

A maioria dos licenciados no desemprego são mulheres (também são elas que lideram no que diz respeito ao universo de alunos do Ensino Superior), jovens e com uma licenciatura numa universidade pública nas áreas das ciências empresarias, ciências sociais e do comportamento e formação de professores. O último relatório destaca os cursos de gestão, psicologia e economia, educação de infância e as engenharias mecânica e química, como os cursos com mais desemprego absoluto. "

Fonte: Diário Económico (adaptado)

Sandra

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